11/01/2012

VIVA BELÉM - 396 anos de fundação

Vista da Baía de Guajará
Belém era primitivamente ocupada pelos Tupinambás. O estabelecimento do primitivo núcleo do município remonta ao contexto da conquista da foz do rio Amazonas, à época da Dinastia Filipina, por forças luso-espanholas sob o comando do capitão Francisco Caldeira Castelo Branco, quando, a 12 de janeiro de 1616, fundou o Forte do Presépio, sendo inicialmente denominada de Feliz Lusitânia. Posteriormente denominada como Santa Maria do Grão Pará, Santa Maria de Belém do Grão Pará, até a atual denominação de Belém. Belém foi a primeira capital da Amazônia. Nesse período, ao lado da atividade de coleta das chamadas drogas do Sertão, a economia era baseada na agricultura de subsistência, complementada por uma pequena atividade pecuária e pela pesca, praticada por pequenos produtores que habitavam, principalmente, na ilha do Marajó e na ilha de Vigia. Distante dos núcleos decisórios das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil e fortemente ligada a Portugal, Belém reconheceu a Independência do Brasil apenas a 15 de agosto de 1823, quase um ano após a sua proclamação.

A Borracha

No Ciclo da Borracha Belém vivenciou a Belle Époque, momentos de luxo e glamour. Belém era na época considerada a cidade brasileira mais desenvolvida e umas das mais prósperas do mundo, não só pela sua posição estratégica - quase no litoral -, mas também porque sediava um maior número de residências de seringalistas, casas bancárias e outras importantes instituições.

Teatro da Paz.

O apogeu foi entre 1890 e 1920, quando a cidade contava com tecnologias que outras cidades do sul e sudeste do Brasil ainda não possuíam. A cidade possuía o Cinema Olympia (o mais antigo do Brasil em funcionamento), considerado um dos mais luxuosos e modernos de seu tempo, inaugurado em 21 de abril de 1912, no auge do cinema mudo internacional. A cidade possui o famoso Teatro da Paz, considerado um dos mais belos do Brasil, inspirado no Teatro Scala de Milão, o mercado de ferro Ver-o-Peso, a maior feira livre da América Latina, o Palácio Antônio Lemos, o Colégio Gentil Bittencourt, a Praça Batista Campos e muitos outros.

Pela mesma razão, foram atraídas nesse período levas de imigrantes estrangeiros como portugueses, chineses, franceses, japoneses, espanhóis e outros grupos menores, com o fim de desenvolverem a agricultura nas terras da Zona Bragantina.

A comarca da capital, com sede em Belém, envolvia, além do seu município, os de Acará, Ourém e Guamá. Possuía quinze freguesias: Nossa Senhora da Graça da Sé, Sant'Ana da Campina, Santíssima Trindade e Nossa Senhora de Nazareth do Desterro, na capital. No interior as de São José do Acará, São Francisco Xavier de Barcarena, Nossa Senhora da Conceição de Benfica, Sant'Ana de Bujaru, Nossa Senhora do Ó do Mosqueiro, Sant'Ana do Capim, São Domingos da Boa Vista, São João Batista do Conde, São Miguel do Guamá, Nossa Senhora da Piedade de Irituia e Divino Espírito Santo de Ourém.

Observa-se que nessa época o indígena teve participação direta na economia local, por já estar mais reservado nas áreas afastadas dos centros urbanos, vivendo sua própria cultura, depois de ter enfrentado os colonizadores em muitos conflitos.

Cresceu, em contrapartida, o comércio de escravos, trazidos para os trabalhos gerais necessários e surgiu a figura do caboclo, que já se desenvolvia com a miscigenação.

Nesta data, o povo se confraterniza com todas as manifestações de carinho, o poder público municipal e estadual festeja em vários locais da cidade esse brilhante acontecimento. O amigo Tabajara une-se as manifestações de parabéns ao aniversário de Belém e também leva a público manifestações de regozijos e louvores pela honrosa data.

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